Nicolas Winding Refn é um realizador e argumentista de origem dinamarquesa a viver nos Estados Unidos onde, antes de "Só Deus Perdoa"/"Only God Forgives" (2013) e "The Neon Demon - O Demónio de Néon"/"The Neon Demon" (2016), que não conheço, realizou "Drive . Risco Duplo"/"Drive" (2011), prémio da melhor realização em Cannes, que o Arte mostrou na noite de ontem, Domingo.
Com argumento de Hossein Amini baseado em romance de James Sallis, narrativamente é mais um filme de gangsters com um "ás do volante", Driver/Ryan Gosling, que trabalha como motorista profissional no cinema mas também em assaltos importantes e acaba por participar em mais um para libertar o marido de Irene/Carey Mulligan dos compromissos a que foi sujeito na prisão. Contudo este morre e as coisas complicam-se.
Com uma realização geométrica e muito boa, conta com fotografia de Newton Thomas Sigel, música muito bem utilizada de Cliff Martinez e montagem de Matthew Newman. Beneficia também de boas interpretações e de um final ambíguo.
Poder-se-ia considerar este filme na esteira de Michael Mann, ambicioso e conseguido embora sem novidades especiais. Agora é um filme original e pessoal, bem trabalhado em secu ra, elipse e flash-back.
Numa matéria em que tudo parece já ter sido dito e estar esgotado, consegue com agilidade e desembaraço estabelecer as regras da narrativa e do jogo de forma feliz, sem tropeçar nas armadilhas habituais do lugar comum dos filmes de gangsters.
Numa matéria em que tudo parece já ter sido dito e estar esgotado, consegue com agilidade e desembaraço estabelecer as regras da narrativa e do jogo de forma feliz, sem tropeçar nas armadilhas habituais do lugar comum dos filmes de gangsters.
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