Idrissa Ouedraogo (1954-2018) foi um grande cineasta africano do Burkina Faso, responsável por filmes da maior qualidade e do maior interesse como "Avozinha"/"Yaaba" (1989) e "Tilai - A Lei e a Honra/"Tilai" (1990), que estrearam em Portugal, entre muitos outros, alguns premiados em festivais internacionais de cinema. Tendo tratado da juventude e do mundo rural, embora insuficientemente conhecido em Portugal foi uma grande figura do cinema cujo desaparecimento aqui assinalo e lamento.
Angela Ricci Lucchi (1942-2018) foi uma cineasta e artista visual italiana responsável com Yervant Gianikian por uma obra muito importante em filmes que trabalhavam imagens de arquivo, de carácter documental, de modo original. A audácia e qualidade do seu trabalho valeu-lhe um lugar íncomparável na história do cinema, que aqui assinalo na hora da sua partida.
O argentino Hugo Santiago (1939-2018) foi uma figura de referência do cinema latino-americano dos anos 60, com filmes como "Invasión" (1969) e "Les autres" (1974), baseados em histórias de Jorge Luis Borges e Adolfo Bioy Casares, entre outros. Respeitado e defendido na Europa, nomeadamente em França onde viveu a partir de 1959, a sua partida deixa-me triste.
O realizador checo Milos Forman (1932-2018) teve um papel central no respectivo cinema novo, nomeadamente com "Os Amores de uma Loira"/"Láski jedné plavovláski" (1965). Nos anos 70 foi para os Estados Unidos, onde se notabilizou com "Voando sobre um ninho de Cucos"/"One Flew Over the Cuckoo's Nest" (1975) e "Amadeus" (1984) entre outros filmes famosos. Foi uma figura de grande relevo no cinema e um grande cineasta.
Nelson Pereira dos Santos (1928-2018) foi uma figura central do cinema novo brasileiro dos seus ínícios até ao fundamental "Vidas Secas" (1963), baseado no romance de Graciliano Ramos. Além de trabalhar com Jorge Amado em "Tenda dos Milagres", voltou ao mesmo autor com o maior sucesso em "Memórias do Cárcere" (1984), permanecendo como figura de referência do melhor do cinema brasileiro.
Em Portugal tinham desaparecido já este ano duas figuras maiores, históricas, do nosso cinema de animação, Artur Correia (1932-2018) e Servais Tiago (1925-2018), o que soube tardiamente mas aqui assinalo e lamento agora.
Em Portugal tinham desaparecido já este ano duas figuras maiores, históricas, do nosso cinema de animação, Artur Correia (1932-2018) e Servais Tiago (1925-2018), o que soube tardiamente mas aqui assinalo e lamento agora.
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