"Memories of Murder"/"Salinui chueok", do sul-coreano Bong Joon-ho (2003), é um excelente filme deste membro destacado do cinema novo do seu país, inédito comercialmente em Portugal e anterior "The Host" e "Mother".
A partir de argumento de que é co-autor com Shim Sung-ho baseado em peça de Kim Kwang-rim, o cineasta constrói o filme de um serial killer que matou mulheres e as voltará a matar. Dois detectives locais, um robusto e calmo, o outro com tendências mais violentas, a que se junta um terceiro vindo de Seul, mais reflexivo, tentam apanhá-lo.
Depois de duas suspeitas frustradas e da consulta a uma xamane, a terceira suspeita, que parte de uma canção transmitida num programa radiofónico, "Carta Triste", parece mais segura,, mas acaba por não ser confirmada pelo exame de ADN feito na América.
Fazendo lembrar "Matou"/"M", de Fritz Lang (1931), com uma canção em vez de um assobio, passado em 1986, no final da ditadura sul-coreana, o filme contém referências à violência das autoridades e aos protestos de populares contra elas.
O segundo detective, ferido numa perna numa rixa, acaba por ser amputado antes de na linha férrea, à entrada de um túnel, se dar o clímax deceptivo, em que o terceiro detective quase mata o suspeito. No epílogo, bem visto, que como o início fecha sobre o detective e uma criança, no ano do filme o culpado continua ignoto.
Com fotografia de Kim Hyung-Ku, música de Iwashiro Tarô e montagem de Kim Sun-min, muito bem realizado e interpretado, este o filme que lançou Bong Joon-ho e chamou a atenção para ele como nome de proa do cinema novo sul-coreano antes de "The Host - A Criatura"/"Gwoemul" (2006), "Mother - Uma Força Única"/"Madeo" (2009) e "Expresso do Amanhã"/"Snowpiercer" (2013). Com os seus polícias confusos e violentos, o seu criminoso desconhecido e sem o conforto de uma solução feliz, é mesmo um dos melhores filmes deste século XXI e o melhor do cineasta até agora.
Passou na noite de segunda-feira no Arte, no âmbito de um ciclo "Printemps du polar", que aqui aconselho..
Depois de duas suspeitas frustradas e da consulta a uma xamane, a terceira suspeita, que parte de uma canção transmitida num programa radiofónico, "Carta Triste", parece mais segura,, mas acaba por não ser confirmada pelo exame de ADN feito na América.
Fazendo lembrar "Matou"/"M", de Fritz Lang (1931), com uma canção em vez de um assobio, passado em 1986, no final da ditadura sul-coreana, o filme contém referências à violência das autoridades e aos protestos de populares contra elas.
O segundo detective, ferido numa perna numa rixa, acaba por ser amputado antes de na linha férrea, à entrada de um túnel, se dar o clímax deceptivo, em que o terceiro detective quase mata o suspeito. No epílogo, bem visto, que como o início fecha sobre o detective e uma criança, no ano do filme o culpado continua ignoto.
Com fotografia de Kim Hyung-Ku, música de Iwashiro Tarô e montagem de Kim Sun-min, muito bem realizado e interpretado, este o filme que lançou Bong Joon-ho e chamou a atenção para ele como nome de proa do cinema novo sul-coreano antes de "The Host - A Criatura"/"Gwoemul" (2006), "Mother - Uma Força Única"/"Madeo" (2009) e "Expresso do Amanhã"/"Snowpiercer" (2013). Com os seus polícias confusos e violentos, o seu criminoso desconhecido e sem o conforto de uma solução feliz, é mesmo um dos melhores filmes deste século XXI e o melhor do cineasta até agora.
Passou na noite de segunda-feira no Arte, no âmbito de um ciclo "Printemps du polar", que aqui aconselho..
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