"Manifesto" é um filme do alemão Julian Rosenfeldt (2016) em que Cate Blanchett interpreta os fundadores e/ou os fundamentos de grandes manifestos artísticos desde o século XIX, os lê para a câmara, i. e., para os espectadores, ou os interpreta em quadros vivos.
A enorme versatilidade e qualidade da actriz é aqui posta à prova com os melhores resultados, de Karl Marx ao Dogma 95 e Jean-Luc Godard. Por sua vez, o cineasta, argumentista, produtor e realizador, que já tinha feito "The Creation" (2015), entrega uma obra bem engendrada, que interessa como colagem em termos de divulgação qualificada, coerente e bem feita.
A própria construção de cada quadro sobre cada manifesto está muito bem feita, apesar do seu pendor meramente ilustrativo ou rememorativo com inventiva e imaginação, alternativa bem vista à simples leitura dos textos, que Hans-Jürgen Syberberg fez em "Die Nacht" (1985), com Edith Clever a ler textos célebres de autores famosos.
Aqui encontram lugar manifestos ou textos fundadores do dadaismo, do futurismo, do surrealismo, do suprematismo até ao expressionismo abstracto, a arte pop, o Fluxus e a arte conceptual, entre outras manifestações de inconformismo artístico e de vanguarda do século XX. A alternância na parte final resulta bem porque, intercalando, exponencia o efeito.
Aqui encontram lugar manifestos ou textos fundadores do dadaismo, do futurismo, do surrealismo, do suprematismo até ao expressionismo abstracto, a arte pop, o Fluxus e a arte conceptual, entre outras manifestações de inconformismo artístico e de vanguarda do século XX. A alternância na parte final resulta bem porque, intercalando, exponencia o efeito.
Com fotografia de Christoph Krauss, música de Ben Lukas Boysen e Nils Frahm e montagem de Bobby Good, é um belo filme não vocacionado para o sucesso comercial, que aconselho.
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