Jonas Mekas (1922- 2019), que agora nos deixou, foi uma lenda do cinema independente experimental e de vanguarda americano. Natural da Lituânia, fugiu com o seu irmão Adolfas (1925-2011) do campo de trabalho em que tinha sido internado pelos nazis em 1944. Entre 1946 e 1948 estudou filosofia na Universidade de Mainz.
Em 1949 emigrou para os Estados Unidos com o irmão, e aí veio a criar a revista Film Culture em 1955 e a impulsionar o New American Cinema Group em 1960, enquanto rodava os seus primeiros filmes com uma Rolex 16mm.
Em 1949 emigrou para os Estados Unidos com o irmão, e aí veio a criar a revista Film Culture em 1955 e a impulsionar o New American Cinema Group em 1960, enquanto rodava os seus primeiros filmes com uma Rolex 16mm.
Co-fundador da Film-Makers' Cooperative em 1962, tornou-se o principal animador do cinema underground nova-iorquino, criando com P. Adams Sitney e outros os Anthology Film Archives, cinemateca do filme experimental, em 1970.
Também poeta e mais tarde professor, foi
autor de uma obra cinematográfica muito importante de que se destaca o seu diário filmado "Diaries, Notes and Sketches". Uma obra injustamente mal conhecida em
Portugal mas que marcou o cinema americano e mundial.
Homem despretensioso, soube imprimir a tudo o que fez um cunho pessoal distintivo e uma notável independência de espírito. Os seus filmes foram mostrados sobretudo em museus, o que dá uma ideia do prestígio artístico que os rodeou.
Homem despretensioso, soube imprimir a tudo o que fez um cunho pessoal distintivo e uma notável independência de espírito. Os seus filmes foram mostrados sobretudo em museus, o que dá uma ideia do prestígio artístico que os rodeou.
Aqui recordo e recomendo Jonas Mekas, grande homem do cinema que a todos aconselho pelos seus filmes, pela sua tenacidade e pelo seu exemplo. Contemporâneo de Andy Warhol, John Cassavetes e Stan Brakhage, ele permanece como referência incontornável do melhor do cima até aos nossos dias.
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