Baseado numa peça de teatro, "Blackbird" de David Harrower, também argumentista, "Una - Negra sedução"/"Una", de Benedict Andrews (2016), é um filme perturbador na sua secura narrativa, nas suas interpretações e na contenção da sua realização.
Anos depois de uma relação com Ray/Ben Mendelsohn quando ela tinha treze anos, Una/Rooney Mara procura-o para lhe pedir explicações. Ele vive sob o nome de Peter e trabalha numa fábrica, casou e tem uma vida normal, aliás com dificuldades profissionais. Vai ser nos cenários despidos da fábrica que eles recordam o passado e sobre ele se questionam e explicam um ao outro. Já perto do final ela tenta intrometer-se na vida familiar dele, acabando por o questionar também aí.
Os diálogos são muito bons e acusam o a sua origem teatral sem qualquer problema, num filme com todos os elementos de um bom filme, seco, duro e sem contemplações sobre a diferença de idade entre um homem e uma mulher que, uma vez, tinham tido uma relação única.
Com excelentes interpretações dos protagonistas, Una também Ruby Stokes no passado, tem fotografia de Thimios Bakatakis, música de Jed Kunzel e montagem de Nick Fenton.
Quando o passado irrompe no presente estala o conflito que no passado tinha começado sem solução e o resultado é arrasador.
Com excelentes interpretações dos protagonistas, Una também Ruby Stokes no passado, tem fotografia de Thimios Bakatakis, música de Jed Kunzel e montagem de Nick Fenton.
Quando o passado irrompe no presente estala o conflito que no passado tinha começado sem solução e o resultado é arrasador.
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