Está patente na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa, a exposição "Clareira - Escultura 1984-2018" de Manuel Rosa, que visitei quando de uma das minhas idas recentes à Cinemateca Portuguesa.
Nascido em Beja, o artista fez a sua formação na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, começou em 1981 no Simpósio Internacional de Escultura em Pedra, em Évora, e teve a sua primeira exposição individual em 1984 na Galeria Módulo. Desde então tem participado em exposições colectivas em Portugal, Itália e Espanha e fez onze exposições individuais.
Manuel Rosa é, assim, uma das grandes figuras da escultura portuguesa contemporânea, presente nos principais museus portugueses, que esta exposição importante permite conhecer. As suas esculturas trabalham formas diversas, circulares, longas, figurativas e não figurativas, elementos materiais do quotidiano, formas geométricas mais abstractas e a figura humana, com destaque para os torsos.
Esta uma exposição muito boa que, sob o signo do "materialismo espiritual", tem curadoria de Manuel Costa Cabral e Nuno Faria e apresenta a característica de ser antológica, com peças em gesso, bronze e calcário, entre outros materiais, numa linguagem muito própria com exploração do cheio e do vazio, que tem evoluído em diferentes direcções.
Quando forem à Cinemateca Portuguesa, em Lisboa, atravessem a Rua Barata Salgueiro e visitem a SNBA, uma grande casa das artes sempre com excelentes exposições, que já ali estava antes dela e onde passou a primeira retrospectiva de Jean Rouch em Lisboa. Esta exposição está até 21 de Julho. E se quiserem subir a mesma rua, agora com escadinhas, estão a dois passos do Jardim Botânico.
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