Depois de "Rodney King" (2017) e "Pass Over" (2018), que não nos chegaram, Spike Lee realizou também este ano "BlacKKKlansman: O Infiltrado"/"BlacKkKlansman", um filme baseado em factos reais com argumento de Charlie Wachtel, David Rabinowitz, Kevin Wellmott e do cineasta, também produtor, a partir do livro de Ron Stallworth.
Começando com imagens de filmes de Hollywood contra os negros e com um discurso racista interpretado por Alec Baldwin, o filme acompanha um jovem negro, Ron Stallworth/John David Washington (filho de Denzel Washington), que nos anos 60 consegue ser admitido na polícia onde se oferece para trabalhar como infiltrado.
Numa primeira missão conhece Patricia Dumas/Laura Harrier durante um comício do black power, mas depois oferece-se para infiltrar o KKK. Como ele é negro tem de arranjar quem o represente fisicamente junto da Organização, o que vai ser feito pelo seu colega branco Flip Zimmermann/Adam Driver.
Não vou contar o filme. Direi antes que a relação entre os dois, estabelecida com micro e audio, tem momentos divertidos e que se o lado dos negros está naturalmente bem representado mesmo quanddo entre brancos, o grande trunfo do filme é a certeira representação da sinistra organização racista, dirigida por David Duke/Topher Grace. E aí de forma muito pertinente o filme liga o passado e o presente até ao recurso ao tristemente célebre slogan "America first".
Spike Lee não é, nunca foi um cineasta banal, antes se conta os melhores realizadores americanos contemporâneos, o que aqui se confirma com o recurso a figuras de estilo que já utilizou em filmes anteriores, como planos longos e isolar personagens do cenário incrustando-as no plano, e com o muito apropriado paralelo entre as actividades do KKK e a história antiga que conta Jerome Turner//Harry Belafonte, que demonstram que ele está em grande forma.
O filme termina com imagens documentais fortes do presente e uma homenagem. Dizer que se trata de um filme político limita-se a constatar uma evidência num cineasta cujos filmes sempre tiveram esse cunho, embora de facto este o seja especialmente e sobre o presente. Tem excelentes actores, fotografia de Chayse Irvin, música de Terence Blanchard e montagem de Barry Alexander Brown.
"BlacKkKlansmaan: O Infiltrado" é um grande filme que aqui aconselho e todos devem ver. Porque é um filme sobre estes tempos difíceis que se vivem na América e no mundo. Um tempo perigoso com novos e sinistros protagonistas, que alastra e precisa de ser dominado.
Começando com imagens de filmes de Hollywood contra os negros e com um discurso racista interpretado por Alec Baldwin, o filme acompanha um jovem negro, Ron Stallworth/John David Washington (filho de Denzel Washington), que nos anos 60 consegue ser admitido na polícia onde se oferece para trabalhar como infiltrado.
Numa primeira missão conhece Patricia Dumas/Laura Harrier durante um comício do black power, mas depois oferece-se para infiltrar o KKK. Como ele é negro tem de arranjar quem o represente fisicamente junto da Organização, o que vai ser feito pelo seu colega branco Flip Zimmermann/Adam Driver.
Não vou contar o filme. Direi antes que a relação entre os dois, estabelecida com micro e audio, tem momentos divertidos e que se o lado dos negros está naturalmente bem representado mesmo quanddo entre brancos, o grande trunfo do filme é a certeira representação da sinistra organização racista, dirigida por David Duke/Topher Grace. E aí de forma muito pertinente o filme liga o passado e o presente até ao recurso ao tristemente célebre slogan "America first".
Spike Lee não é, nunca foi um cineasta banal, antes se conta os melhores realizadores americanos contemporâneos, o que aqui se confirma com o recurso a figuras de estilo que já utilizou em filmes anteriores, como planos longos e isolar personagens do cenário incrustando-as no plano, e com o muito apropriado paralelo entre as actividades do KKK e a história antiga que conta Jerome Turner//Harry Belafonte, que demonstram que ele está em grande forma.
O filme termina com imagens documentais fortes do presente e uma homenagem. Dizer que se trata de um filme político limita-se a constatar uma evidência num cineasta cujos filmes sempre tiveram esse cunho, embora de facto este o seja especialmente e sobre o presente. Tem excelentes actores, fotografia de Chayse Irvin, música de Terence Blanchard e montagem de Barry Alexander Brown.
"BlacKkKlansmaan: O Infiltrado" é um grande filme que aqui aconselho e todos devem ver. Porque é um filme sobre estes tempos difíceis que se vivem na América e no mundo. Um tempo perigoso com novos e sinistros protagonistas, que alastra e precisa de ser dominado.
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