Com argumento de Sean Baker e Chris Bergoch, "The Florida Project", de Sean Baker (2017), é a primeira longa-metragem deste cineasta desde "Tangerine" (2015) - que, como o anterior "Starlet" (2012), tinha os mesmos argumentistas - e foi um dos filmes americanos mais elogiados do ano.
Centrado num bloco habitacional tipo motel, acompanha crianças pequenas, em especial Moonee/Brooklynn Prince, Scotty/Christopher Rivera, Dicky/Aiden Malik e Jancey/Valeria Cotto que, entregues a si mesmas durante o dia, enquanto os pais estão ocupados, vivem felizes com os seus jogos e tropelias. É Verão e estamos próximos da Disneylândia.
Progressivamente o filme vai identificando melhor cada uma das crianças e a respectiva família, em especial Moonee e a sua mãe Halley/Bria Vinaite, Scotty e a sua mãe Amber/Patti Wiley, mas também o gerente local, Bobby/Willem Dafoe, que tem um papel central. Os conflitos estalam em especial devido a Halley, e o que parecia ser uma comédia transforma-se num drama pungente.
Tem alusão aos perigos a que as crianças estão sujeitas, boa elipse da súbita riqueza de Halley, bom tratamento do espaço nomeadamente no final e bom aproveitamento da proximidade do espaço mítico da Disneylândia. E sobretudo um tom justo entre ligeireza infantil e realismo.
Muito bem localizadas espacial e temporalmente, grandes questões sobre a América contemporânea passam por este filme agreste e impiedoso, questões que até não são um exclusivo local mas universais. Os problemas, familiares e de vizinhança, são identificados com precisão e tratados sem paliativos à distância justa.
Com interpretações seguras e uma boa realização, tem os dois argumentistas como co-produtores, fotografia de Alexis Zabe, música de Lorne Balbe e montagem de Sean Baker. Este é de facto um filme muito bom que nos afasta do cinema-espectáculo comum rumo a algo mais rude e interessante.
Centrado num bloco habitacional tipo motel, acompanha crianças pequenas, em especial Moonee/Brooklynn Prince, Scotty/Christopher Rivera, Dicky/Aiden Malik e Jancey/Valeria Cotto que, entregues a si mesmas durante o dia, enquanto os pais estão ocupados, vivem felizes com os seus jogos e tropelias. É Verão e estamos próximos da Disneylândia.
Progressivamente o filme vai identificando melhor cada uma das crianças e a respectiva família, em especial Moonee e a sua mãe Halley/Bria Vinaite, Scotty e a sua mãe Amber/Patti Wiley, mas também o gerente local, Bobby/Willem Dafoe, que tem um papel central. Os conflitos estalam em especial devido a Halley, e o que parecia ser uma comédia transforma-se num drama pungente.
Tem alusão aos perigos a que as crianças estão sujeitas, boa elipse da súbita riqueza de Halley, bom tratamento do espaço nomeadamente no final e bom aproveitamento da proximidade do espaço mítico da Disneylândia. E sobretudo um tom justo entre ligeireza infantil e realismo.
Muito bem localizadas espacial e temporalmente, grandes questões sobre a América contemporânea passam por este filme agreste e impiedoso, questões que até não são um exclusivo local mas universais. Os problemas, familiares e de vizinhança, são identificados com precisão e tratados sem paliativos à distância justa.
Com interpretações seguras e uma boa realização, tem os dois argumentistas como co-produtores, fotografia de Alexis Zabe, música de Lorne Balbe e montagem de Sean Baker. Este é de facto um filme muito bom que nos afasta do cinema-espectáculo comum rumo a algo mais rude e interessante.
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