sábado, 4 de agosto de 2018

Memória no dia mais quente

   Ao ritmo a que estas coisas nos vão chegando, nem sempre noticiadas como deviam em caso de estrangeiros, devo assinalar aqui mais duas mortes recentes que são baixas de vulto sentidas por todos no cinema. 
                      Taxidrivers_L'albero degli zoccoli_Ermanno Olmi_Stasera in tv
   Em primeiro lugar Ermanno Olmi (1931-2018), figura maior do cinema novo italiano dos anos 60, com filmes do maior relevo como "O Emprego"/"Il posto" (1961), "Os Noivos"/"I fidanzatti" (1963), "E venne un uomo" (1965), sobre o Papa João XXIII, e "A Árvore dos Tamancos"/"L'albero degli zoccoli" (1978), Palma de Ouro em Cannes. Cineasta moderno influenciado pelo neo-realismo em especial no início, foi uma referência do cinema do seu tempo com filmes marcadamente pessoais e originais. cuja morte, ocorrida em Maio, aqui tardiamente assinalo e lamento.
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   A actriz portuguesa Laura Soveral (1933-2018) tornou-se uma actriz maior pelo seu trabalho em "Uma Abelha na Chuva", de Fernando Lopes (1972), filme central do cinema novo português dos anos 60 e 70 baseado em romance de Carlos de Oliveira. Com outras grandes interpretações para cinema, nomeadamente em filmes de Manoel de Oliveira, António Pedro Vasconcelos, João Botelho, José Fonseca e Costa, José Álvaro Morais e Miguel Gomes, trabalhou muito também para a televisão pelo que era uma figura familiar aos espectadores portugueses, que a admiravam e respeitavam e cujo pesar partilho neste momento.

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