terça-feira, 14 de maio de 2019

Boa fama

    Jean-Claude Brisseau (1944-2019) foi um importante cineasta francês em cujos filmes a mulher, o erotismo e o sexo tiveram papel predominante, que se tornou conhecido sobretudo pela trilogia "Coisas Secretas"/"Choses secrétes" (2002), "Os Anjos Exterminadores"/"Les anges exterminateurs" e "À Aventura"/"À l'aventure". Muito apreciado pela crítica mais esclarecida, os seus filmes levantaram polémica em França.
     Senhor de um estilo cinematográfico além de uma temática próprio, soube ser irónico e crítico, o que o tornou mais interessante pois quebrou a potencial monotonia dos seus filmes. Com bom gosto, tratou temas escabrosos de uma maneira apropriada, ligando mesmo sexo e misticismo.
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      Numa obra não muito extensa, avultam "Le bruit et la fureur" (1988), "Noce blanche" (1989), "Céline" (1992), "L'ange noir" (1994) e "Les savates du bom Dieu" (2002). Os seus dois últimos filmes longos. "A Rapariga de Parte Nenhuma"/"La fille de nulle part" (2012) e "Que o Diabo nos Carregue"/"Que le diable nous emporte" (2018) culminaram da melhor maneira um percurso pessoal rico e original. 
      Havia nos seus filmes uma intensidade especial que os tornava únicos e impedia a indiferença, tornando-o um dos principais cineastas franceses do seu tempo, com repercussão internacional.. Aqui o recordo sentidamente na hora da sua partida.

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