"O Meu Belo Sol Interior"/"Un beaux soleil intérieur", o mais recente filme de Claire Denis (2017), é uma comédia passada entre artistas e galeristas em Paris, com algumas personagens exteriores ao meio.
A protagonista, Isabelle/Juliette Binoche, vive em círculo com os seus homens que a fazem andar às voltas, de um para outro, até voltar à casa de partida para depois continuar, sempre em circuito fechado. Cada caso é efémero e como tal não pode continuar, desde o primeiro ao último, por razões diferentes.
Com actores muito bons e diálogos a preceito - tem argumento da realizadora e de Christine Angot - este é filme original e insólito numa obra pautada pela exigência como a de Claire Denis é. Em jeito de comédia, como uma brincadeira, que qualquer grande cineasta se permite. Um pouco "la femme qui aimait les hommes", brincando com Truffaut.
O final entre a Binoche e Gérard Dépardieu como vidente confirma-o, remetendo para uma leveza interior e uma disponibilidade em que ele a convida a procurar, no entre-dois, o seu belo sol interior.
É curto para aquilo a que a cineasta nos habituou mas está bem feito e é para ser tomado por aquilo que é: um retrato de mulher de hoje interpretada por uma grande actriz numa bela cidade, Paris, que está bem filmada. E é tudo.
É curto para aquilo a que a cineasta nos habituou mas está bem feito e é para ser tomado por aquilo que é: um retrato de mulher de hoje interpretada por uma grande actriz numa bela cidade, Paris, que está bem filmada. E é tudo.
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