Uma escritora conhecida, Delphine Dayrieux/Emannuelle Seigner, vê o seu espaço e a sua pessoa invadidos por uma estranha, Elle/Eva Green, escritora-sombra de celebridades. A primeira, em impasse de escrita e com o marido, François/Vincent Perez, jornalista televisivo, em viagem, vai gradualmente cedendo terreno, apesar de a partir de certo momento começar a ficar alerta - a visita em sua vez a um liceu que afinal não se fizera.
Depois de Delphine ter partido uma perna numa queda vão para a casa de campo do marido dela e então aí as coisas rapidamente se esclarecem. O final é um bocado trapalhão ao querer ir demasiado longe depois da tentativa de envenenamento seguida de tentativa de atropelamento.
A partir de argumento do realizador e de Olivier Assayas baseado em romance de Delphine de Vigan, "A Partir de uma História Verdadeira"/"D'après une histoire vraie" é o mais recente filme de Roman Polanski (2017), que tem o seu melhor ao mostrar o mal em acção a partir do ponto de vista da vítima, como em Hitchcock, para o qual explicitamente remete.
É bom ver Elisabeth Quin como jornalista de France-Culture, Noémie Lvovsky como directora de galeria num filme sobre a usurpação da personalidade até à literária, que apesar de demasiado óbvio não deixa de ser convincente.
Duas grandes actrizes elevam o nível deste filme, que está à altura do paradigma em questões como esta tratadas entre o policiário e o anedótico, estabelecido por Claude Chabrol, embora o próprio Polanski já tenha feito melhor.
Duas grandes actrizes elevam o nível deste filme, que está à altura do paradigma em questões como esta tratadas entre o policiário e o anedótico, estabelecido por Claude Chabrol, embora o próprio Polanski já tenha feito melhor.
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