No âmbito das comemorações do centenário da Revolução de Outubro, o Arte apresentou esta semana uma versão inédita, encontrada em Berlim, de "O Couraçado Potemkin", "Panzerkreuzer Potemkine", datada de 1930, colorizada (a famosa bandeira vermelha) e sonorizada, com nova música e falada em alemão.
Com duração muito inferior ao original, 48 minutos contra 75, e por isso com menos imagens, tem mesmo assim imagens não incluídas na montagem final oficial do filme que permitem melhor entender o seu sentido revolucionário no cinema.
Mais seca, esta versão é também mais dura e mais directa, por isso mais eficiente em termos propagandísticos embora menos calibrada artística e cinematograficamente que a original. Mais realista e menos moderna, a sua autoria continua a ser atribuída a Sergei Eisenstein, cujo génio, que depois da sua passagem pelos Estados Unidos e pelo México iria cair em desgraça nos anos 30 no seu país, permanece aqui intacto.
Neste precioso trabalho de arqueologia do cinema, de recuperação e restauro de um dos melhores filmes da história do cinema numa versão inédita, é fundamental o trabalho da investigação no cinema. Neste caso o restauro foi feito pela Fundação Friedrich Murnau sob a supervisão de Enno Patalas, que aqui felicito por mais este feito notável.
Neste precioso trabalho de arqueologia do cinema, de recuperação e restauro de um dos melhores filmes da história do cinema numa versão inédita, é fundamental o trabalho da investigação no cinema. Neste caso o restauro foi feito pela Fundação Friedrich Murnau sob a supervisão de Enno Patalas, que aqui felicito por mais este feito notável.
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