Como se fora pouco ter criado um império empresarial de grande dimensão, Belmiro de Azevedo (1938-2017), um homem que criou a sua própria lenda de empresário e de senhor de uma grande fortuna, foi também o criador do jornal Público que, a breve trecho, a partir do início dos anos 90 do século passado se tornou no melhor jornal diário português, respeitado pela sua qualidade e independência.
Inteligente e culto, bem preparado, dinâmico e determinado soube pensar a sua actividade em termos de futuro, o que fez dele um visionário de olhos abertos, sem dar tréguas nem aos adversários nem à mediocridade reinante. Por isso se destacou onde outros soçobraram.
A sua visão para a imprensa impôs-se e o jornal que fundou tem feito o seu caminho como referência central da imprensa e da comunicação social portuguesa. Ele nunca deveu nada a ninguém mas todos lhe ficamos a dever pelo menos isso. À família, à Fundação Belmiro de Azevedo e ao jornal Público expresso sentido pesar.
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