Quando da apresentação em Cannes do seu último filme, sobre o Papa Francisco, Wim Wenders declarou ao Arte que gosta de trabalhar nos seus filmes a emoção sem distanciamento, o que já sabíamos, lhe fica bem e o seu filme imediatamente anterior, "Submersos"/"Submergence" (2017) confirma.
Depois de se terem conhecido de perto e de referências ao Hades, o escocês James More/James McAvoy parte para África onde trabalha no apoio ao fornecimento de água às populações mas também com um encargo dos serviços secretos relativamente a terroristas jiadistas, enquanto Danielle Flinders/Alicia Vikander prossegue a sua pesquisa científica submarina sobre as camadas de água do mar no norte do Atlântico.
O trabalho os mantém próximos mesmo quando distantes, e o segredo da construção do filme reside nos flash-backs dos protagonistas para o seu encontro no ano anterior, que os mantêm em sintonia e presentes um para o outro e revelam o que aconteceu antes.
Em África as coisas revelam-se difíceis para ele, feito prisioneiro, ao mesmo tempo que ela prossegue o seu trabalho no Mar da Groenlândia. Distantes pensam um no outro ao recordarem o seu encontro em França, um ano antes. Aí ele encontra razões para resistir, e mesmo depois do falso fuzilamento, do diálogo com o médico presa de ambiguidades e da tentativa de o converterem ao islão, consegue chamar o apoio aéreo americano. Sem se juntarem fisicamente, no fim permanecem unidos.
Com um estilo elegante e sóbrio, Wim Wenders consegue aqui mais um bom filme, que desperta a emoção sem grande esforço nem o jogo comum com os estímulos habituais. Tudo é feito em surdina e por sugestão da relação entre os protagonistas, ambos nos limites mas ligados pelo elemento líquido do mar e da água, símbolo da vida.
Contando com argumento de Erin Dignam a partir de novela de J. M. Legard, "Submersos" tem fotografia de Benoît Debie, música de Fernando Velásquez que, embora grandiloquente, está bem utilizada, e montagem de Toni Froschhammer. Vamos esperar com confiança pelo filme seguinte do cineasta, o documentário "Papa Francisco: Um Homem de Palavra"/"Pope Francis: A Man of His Word" (2018), que se anuncia para breve.
Depois de se terem conhecido de perto e de referências ao Hades, o escocês James More/James McAvoy parte para África onde trabalha no apoio ao fornecimento de água às populações mas também com um encargo dos serviços secretos relativamente a terroristas jiadistas, enquanto Danielle Flinders/Alicia Vikander prossegue a sua pesquisa científica submarina sobre as camadas de água do mar no norte do Atlântico.
O trabalho os mantém próximos mesmo quando distantes, e o segredo da construção do filme reside nos flash-backs dos protagonistas para o seu encontro no ano anterior, que os mantêm em sintonia e presentes um para o outro e revelam o que aconteceu antes.
Em África as coisas revelam-se difíceis para ele, feito prisioneiro, ao mesmo tempo que ela prossegue o seu trabalho no Mar da Groenlândia. Distantes pensam um no outro ao recordarem o seu encontro em França, um ano antes. Aí ele encontra razões para resistir, e mesmo depois do falso fuzilamento, do diálogo com o médico presa de ambiguidades e da tentativa de o converterem ao islão, consegue chamar o apoio aéreo americano. Sem se juntarem fisicamente, no fim permanecem unidos.
Com um estilo elegante e sóbrio, Wim Wenders consegue aqui mais um bom filme, que desperta a emoção sem grande esforço nem o jogo comum com os estímulos habituais. Tudo é feito em surdina e por sugestão da relação entre os protagonistas, ambos nos limites mas ligados pelo elemento líquido do mar e da água, símbolo da vida.
Contando com argumento de Erin Dignam a partir de novela de J. M. Legard, "Submersos" tem fotografia de Benoît Debie, música de Fernando Velásquez que, embora grandiloquente, está bem utilizada, e montagem de Toni Froschhammer. Vamos esperar com confiança pelo filme seguinte do cineasta, o documentário "Papa Francisco: Um Homem de Palavra"/"Pope Francis: A Man of His Word" (2018), que se anuncia para breve.
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