"Madame Hyde", de Serge Bozon (2017), proporciona a Isabelle Huppert mais uma excelente interpretação no papel de Madame Géquil, professora que só ensina teoria mas nas suas experiências pessoais se carrega de electricidade e assim se torna mortal Madame Hyde.
Muito bem ambientado num liceu do subúrbio e com boas interpretações, o filme levanta a questão das relações professor-alunos enquanto acompanha a evolução, primeiro, a transformação, depois, da protagonista, que tem um aluno preferido que tenta instruir, Malik/Adda Senani. O contacto dela com os alunos passa de difícil a exemplar, para espanto de todos.
Com bons e sóbrios efeitos especiais, é um filme que contrasta o extraordinário com o comum e trata a história clássica original de Robert Louis Stevenson de forma diferente e inspirada. Serge Bozon volta a dar boa conta de si, nomeadamente no início e no surgimento de Madame Hyde.
Com bons e sóbrios efeitos especiais, é um filme que contrasta o extraordinário com o comum e trata a história clássica original de Robert Louis Stevenson de forma diferente e inspirada. Serge Bozon volta a dar boa conta de si, nomeadamente no início e no surgimento de Madame Hyde.
A narrativa fascinante do ser que se duplica deu já origem a vários filmes notáveis no cinema, numa genealogia em que destaco aqui o filme de Rouben Mamoulian de 1931, com Frederic March, o de Victor Fleming de 1941, com Spencer Tracy, o de Jean Renoir, de 1959, com Jean-Louis Barrault, o de Jerry Lewis de 1963 e o de Stephan Frears de 1996, com Julia Roberts e John Malkovich, a que este se vem agora juntar com uma magnífica Isabelle Huppert..
Roman Duris como o reitor e José Garcia como Pierre Géquil cumprem bem. A fotografia é de Céline Bozon, a música de Benjamin Esdraffo e a montagem de François Quiqueré na quinta longa-metragem do realizador, co-argumentista com Axelle Ropert. O cinema francês continua a reservar-nos belas surpresas.
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