terça-feira, 12 de março de 2019

Ser e não ser

    Ser contra a mutilação genital feminina é um imperativo da consciência. "Flor do Deserto"/"Desert Flower"/"Fleur du désert", de Sherry Hormann (2009), narra a história verdadeira de Waris Dirie/Liya Kebede, vítima dela na infância no seu país, a Somália, vendida para casamento aos 13 anos e que acaba por procurar lugar mais acolhedor nos Estados Unidos,
      Tornada modelo famosa depois de um difícil percurso, ela não esquece o que lhe aconteceu. As memórias dela em flash back são mesmo parte da estrutura do filme.
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      Baseado na autobiografia da protagonista e feito por uma realizadora americana radicada na Alemanha que se tem dividido entre o cinema e a televisão, chama muito pertinentemente a atenção para um dos grandes problemas que continuam a afligir a humanidade ainda nos nossos dias.
    Apresentado do ponto de vista da vítima, deixa bem claro que nenhuma consideração antropológica, religiosa ou outra justifica tão flagrante violação dos direitos humanos.
     Com realização correcta de Sherry Hormann, tem fotografia de Ken Kelsch, música de Martin Todsharow, montagem de Clara Fabry e boas interpretações em especial a de Liya Kebede.
     Um filme que não conhecia, muito a propósito transmitido na semana passada no Arte numa programação "femmes, femmes" que se prolonga por todo o mês de Março corrente.

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