sábado, 24 de junho de 2017

Ganhar e perder

   "O Dia Mais Feliz na Vida de Olli Mäki"/"Hymyilevä mies" (2016), a segunda longa-metragem do finlandês Juho Kuosmanen e o seu primeiro filme a chegar-nos, é um filme muito curioso na sua aparente e deliberada modéstia.
   A partir de argumento do realizador e de Mikko Myllylahti, com uma exigente fotografia a preto e branco de Jani-Petteri Passi, narra a preparação da persoangem do título, Olli Mäki/Jarkko Lahti, para o combate de boxe de pesos pluma para o título mundial, a disputar em 17 de Agosto de 1962. Acompanham-no o seu manager, Elis Ask/Eero Milonoff e, intermitentemente, Raija Mäki/Oona Airola, porquem está apaixonado. 
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   Numa preparação em que também deve emagrecer, ele tem de tentar compatibilizar os treinos com os seus amores, o que se revela difícil, tanto mais quanto é acossado pela imprensa e por uma equipa que quer fazer um documentário. A fragilidade psicológica assim revelada não podia levar a outro resultado senão aquele ko ao segundo assalto.
   Terá tido uma vida feliz depois do dia mais feliz dela, uma vez que se trata de história de uma personagem real. Dos fracos não reza a história do boxe mas cada um faz as suas escolhas e este não foi o fim da sua carreira que com apreciáveis triunfos durou até 1973.
   Olli Mäki revela uma simplicidade encantadora e o filme está muito bem feito e equilibrado. Gosto muito do cinema finlandês, nomeadamente dos irmãos Mika e Aki Kaurismäki, de que Juho Kuosmanen se mostra neste filme perfeitamente à altura.

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