Formada por Jean Vilar no Festival d'Avignon e no Théâtre National Populaire e pela Comédie Française, foi actriz emblemática e fundadora da nouvelle vague francesa em filmes de Louis Malle, Roger Vadim, Jacques Demy e François Truffaut, além de ter desenvolvido uma carreira notável com os melhores cineastas do seu tempo, como Orson Welles, Luis Buñuel, Michelangelo Antonioni, Joseph Losey, Tony Richardson, Marguerite Duras, Elia Kazan, Rainer Werner Fassbinder, Wim Wenders.
Ela própria chegou a dirigir filmes como "Lumiere"(1976) e "A Adolescente"/"L'adolescente" (1979), e um documentário sobre Lillian Gish (1982).
Ela própria chegou a dirigir filmes como "Lumiere"(1976) e "A Adolescente"/"L'adolescente" (1979), e um documentário sobre Lillian Gish (1982).

Ficaram célebres as duplas que formou com Maurice Ronet, depois com Brigitte Bardot para Malle, com Michel Piccoli em "Diário de Uma Criada de Quarto"/"Jounal d'une femme de chambre" de Buñuel (1964), e o seu trabalho em "Jules et Jim", com Oscar Werner e Henri Serre (1962), e em "A Noiva Estava de Luto"/"La mariée était en noir" (1968), ambos de Truffaut, mas também a sua participação em "A Noite"/"La notte", de Antonioni (1961), ao lado de Marcello Mastroianni, e nos filmes de Orson Welles.
Actriz inteligente e sensível, de uma beleza própria e estranha, erótica e sensual, marcou as gerações seguintes de actrizes no cinema depois de ter encantado espectadores em todo o mundo. O seu lugar no cinema é incomparável como a sua presença era inconfundível. Foi a melhor actriz francesa da sua geração e influenciou como nenhuma outra a nouvelle vague.

Um dos últimos trabalhos para o cinema de Jeanne Moreau, que começara nomeadamente ao lado de Jean Gabin num filme de Jacques Becker - "O Último Golpe"/"Touchez pas au grisbi" (1954) -, foi com Manoel de Oliveira em "O Gebo e a Sombra" (2012).
Mítica em vida, continua mítica na sua morte. Ela é indissociável da minha memória afectiva e da minha história do cinema. Curvo-me comovido perante a sua memória.
Mítica em vida, continua mítica na sua morte. Ela é indissociável da minha memória afectiva e da minha história do cinema. Curvo-me comovido perante a sua memória.