Num fim de semana alucinante, a vitória de Portugal no Festival da Eurovisão, merecida na voz e na presença de Salvador Sobral, é um acontecimento importante mas menor.
De facto, a visita a Fátima do Papa Francisco, personalidade maior da actualidade, por motivo canónico, trouxe sobre o país uma atenção especial que incrementa o seu bom nome em termos internacionais. Na sua simplicidade e nas suas palavras francas e abertas, na sua presença Bergoglio trouxe-nos luz a todos a partir de Fátima.
Por sua vez, a tomada de posse do novo Presidente da República de França, Emmanuel Macron, trouxe ventos de mudança e novas esperanças para o seu país, a Europa e o mundo num momento muito difícil. Ficamos todos à espera de que cumpra as suas promessas numa eleição vencida sem ambiguidade nem alternativa.


Num fim de semana em que acabaram os grandes campeonatos europeus de futebol, que não me interessam, a vitória de Portugal no Festival da Eurovisão é um mero episódio que mesmo assim atrai sobre o país as atenções gerais pelas melhores razões, pois a canção vencedora, "Amar pelos dois", não desmerece da tradição da balada portuguesa e era a única a concurso que não cedia à imposição de um modelo internacional anónimo e indiferente no seu espectáculo.
Sou pelo Papa Francisco e por Emmanuel Macron como figuras fulcrais em termos internacionais, portadoras de palavras de verdade e de esperança. Quanto ao canto-cantor português felicito-o por ter imposto uma verdade local em termos artísticos contra os estereótipos tidos como "modernos": foi contemporâneo nos termos de Agamben, que vêm de Nietzsche, de ser "extemporâneo".
O mundo começou a mudar, como tantas vezes tem acontecido, vamos a ver se para melhor. Amanhã é outro dia em que o papel da segurança pessoal continua a ser fundamental. "O primeiro dia do resto das nossas vidas", como cantava no seu tempo o Sérgio Godinho. E Portugal está decididamente na moda pelas melhores razões.
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